Servidores das forças de segurança do Estado de São Paulo, fizeram um Ato em manifestação no centro da Capital Paulista, para reivindicar melhores condições de trabalho e reajuste salarial da categoria. O Ato unificado das polícias paulistas iniciou em frente ao Copom – Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo, e ocupou as ruas até a Delegacia Geral de Polícia, na Rua Brigadeiro Tobias, Centro Histórico de São Paulo.
Os agentes da policia Civil, Militar, Penal e Técnico Cientifica, passaram por diversas ruas de São Paulo com faixas e cartazes que pediam a “Valorização Policial” e, alertavam que os policiais do Estado estão adoecendo, possuem jornadas extenuantes e acúmulo de trabalho, somados aos riscos inerentes da profissão, que sobrecarregam a saúde mental e adoecem os policiais.
Diretores e Presidentes das entidades de classe, também cobraram a valorização salarial dos Policias de todo o estado. Em levantamento realizado por outra entidade de classe, divulgado esse ano, o salário dos delegados de São Paulo é o menor dentre todos os estados e Distrito Federal. O estado também figuraria entre os últimos colocados no ranking salarial para investigadores e escrivães.
A Diretora do SINTELPOL, Gildete Amaral dos Santos, participou do Ato e, marchou pelos principais cruzamentos de São Paulo, até o Palácio da Polícia, onde os participantes da manifestação se concentraram. Gildete destacou que o protesto tem como objetivo defender a dignidade dos policiais e, expor as más condições de trabalho e a defasagem salarial dos policiais em todo o estado.
Além disso, o principal alvo do protesto é o governador João Doria. Durante a campanha eleitoral em 2018, ele prometeu promover um reajuste nos salários dos policias ao logo da sua gestão. Em evento realizado em 11 de abril de 2019, Doria voltou a afirmar que os policiais paulistas “iriam desfrutar” da melhor remuneração do país e, que durante os quatro anos de seu mandato, iria zerar o déficit de Policiais Militares, além da convocação de todos os aprovados dos concursos da Polícia Civil.
Após a manifestação do último dia 15 de outubro, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, divulgou uma nota com a seguinte resposta:
A atual gestão investe continuamente na valorização e melhoria da carreira policial, tendo reajustado em 5% o salário dos policiais já no primeiro ano do governo, além de ter ampliado a bonificação dos agentes e concedido um pacote de benefícios à categoria. Desde 2019, foram contratados mais de 10 mil policiais e autorizados novos concursos para a contratação de mais agentes para as três instituições.
A pasta também tem investido fortemente na capacitação dos policiais, na expansão das unidades e na aquisição de armas, viaturas e equipamentos de inteligência policial. As Policias Civil e Militar do Estado de São Paulo hoje contam com armamento de última geração, como pistolas semiautomáticas Glock calibre .40, fuzis .556 e .762, rifles de precisão, carabinas 12, entre outros armamentos para fazer frente ao crime organizado. Pela primeira vez na história, as forças de segurança contam com viaturas blindadas. São 175 em operação entre as policiais Civil e Militar e outras estão em aquisição.
O Sindicato dos Trabalhadores em Telemática Policial do Estado de São Paulo continuará participando e apoiando as manifestações. Dirigentes das entidades de classe, que estiveram no ato pela valorização salarial dos policiais paulistas, informaram que as manifestações devem seguir até dezembro por meio de outros atos, publicações em redes sociais, exibição de faixas nos principais cruzamentos da capital e um abaixo-assinado em favor do reajuste salarial. Ações no interior e litoral do estado também devem ocorrer nesse período.